3 erros comuns que, provavelmente, estás a cometer enquanto líder

1. Não dás feedback frequente

Sem feedback, dificilmente alguém sabe como as coisas estão a correr e se está, ou não, a ir ao encontro das expetativas profissionais. Tão simples quanto isto. Não receber qualquer feedback, tira a possibilidade de otimizar as tarefas e de se ser mais eficiente e produtivo devido ao desconhecimento. Até podes manter tudo igual seguindo a lógica que se “ninguém me disse nada, é porque deve estar tudo bem” mas a dúvida irá manter-se e poderá ter consequências negativas.

2. Fazeres tu mesmo

Imagina que alguém novo entra para a tua equipa. Como sabemos, há sempre uma curva de aprendizagem e irás alocar uma boa percentagem do teu tempo em formação. Mas imagina, que meses depois, essa mesma pessoa vem colocar-te uma dúvida sobre como fazer alguma coisa. Se seria mais rápido fazeres tu? Sim. Mas enquanto o fizeres, essa pessoa não aprende por si e voltará a recorrer a ti quando essa ou outra dúvida surgir novamente.

3. Evitas conflito a todo o custo

Alguma vez de apercebeste que algo não estava bem e “deixaste andar” na esperança que o problema desaparecesse? Provavelmente, toda a gente já fez isso mas muitas vezes não resolve absolutamente nada e pode minar o ambiente da equipa como um todo.

Então, vamos converter estes 3 pontos em ações? 😃🥳

1. Agendar sessões frequentes de feedback

Acho que por esta altura, já deves ter percebido que dar feedback frequente é uma das áreas mais importantes no teu papel como líder 😊 já mencionei isso em vários artigos.

  • Agenda sessões recorrentes de feedback;

  • Dá feedback construtivo;

  • Pede feedback sobre ti e como podes melhorar no futuro.

Desde pequena que ouço “a falar é que a gente se entende” e continua ser uma velha máxima. As empresas são feitas de pessoas, os clientes são pessoas, as direções são pessoas por isso, quanto mais souberes sobre lidar com pessoas, melhor.
Quem não sabe lidar com pessoas está condenado ao insucesso.

2. Delegar

Se não delegares, corres dois grandes riscos:

  1. Deixas de ter tempo para as tuas tarefas

  2. Não tornas a tua equipa autónoma

Por isso, começa a delegar para teres oportunidade de ter mais tempo livre e, assim, te dedicares às tarefas que tens que fazer e garantires que estás com o foco nelas para que possas fazê-las bem e até identificar formas de as otimizar.

Já ouviste falar da Learning Pyramid de William Glasser? Se não, é muito simples. Basicamente, William explica de uma forma didática, como o cérebro assimila as informações. Métodos passivos trazem menos resultados que métodos ativos e interativos.
Ou seja, basicamente fazer é mais eficiente do que só ouvir ou ler. Simples quanto isso.

Por isso, começa a delegar e confia nas tuas pessoas. Mesmo que não corra bem à primeira, estarão mais entrosados com a tarefa e irão aprender e ajustar mais rapidamente de forma autónoma.

I hear and I forget.

I see and I remember.

I do and I understand.

Confucius


3. Aprender a lidar com o conflito

Como deves imaginar, existem vários tipos de conflitos. Há o conflito latente em que está “oculto” mas tu, enquanto líder, percebes que existe e podes criar ações preventivas para evitar que escale. Nestes casos, é onde entra mais o “deixa andar” ou o “possa ser que não passe disto” mas torna ainda mais importante atuar logo para evitar que se torne numa bola de neve. Depois existem vários níveis nos conflitos que já são percebidos pela equipa. Alguns por apenas alguns elementos outros já pela equipa toda e que podem ser muito desconfortáveis. O principal fator em qualquer um deles é a comunicação.

Facilitar a comunicação entre todos para identificar a raiz do problema e atura sempre de forma construtiva. Dá preferência por falar em “nós” para tentar separar de possíveis ataques individuais e fomentar uma solução colaborativa e empática.

Tenta encontrar soluções que sejam benéficas para todas as partes e não te preocupes em encontrar uma solução única perfeita. Foca em implementar pequenas melhorias que possam ser iteradas e evoluídas.

Tem consciência que mediar conflitos é das ações mais complexas e difíceis pelo que não ambiciones por soluções utópicas que causem ainda mais desgaste e desmotivação. Somos todos humanos por isso, todos falhamos e, aos poucos e poucos, vamos melhorando e evoluindo. Com empatia e sensibilidade, é possível endereçar os temas mais difíceis.

Cria um espaço seguro e tira pequenas ações concretas, idealmente, com prazos realistas que são, depois, analisados para que não seja um tema que é falado e esquecido.

Nunca disse que estes 3 erros eram de fácil resolução 🙃 mas termos consciência de que eles podem estar a acontecer, ajuda a identificar mais rápido e a atuar de forma mais assertiva, produtiva e evolutiva 😉

Se estiveres com algum destes desafios em mãos e quiseres conversar um pouco sobre possíveis soluções, envia email ou deixa comentário.

Boas lideranças,

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